Sim, confesso, sou uma viciada irrecuperável. Na verdade, tenho tanta consciência do meu vício, quanto tenho da vontade de não me curar jamais dele.
Desde pequena devoro livros. Minha mãe deve, em algum ponto da vida, ter se arrependido de me presentear com o primeiro. Meu marido deve ter achado que aquele vício não era tão grave quanto na verdade é (e ameaça ser soterrado a qualquer momento por uma pilha enorme que fica na estante ao lado da cama).
Como não tenho interesse em tratamento, se é que isso existe, resolvi pelo menos me disciplinar.
No ano de 2012 li mais de 100 livros. Não posso enumerá-los ou lembrar o nome de todos, mas posso fechar os olhos e vê-los, com enredos e personagens que nunca se vão da minha cabeça.
Para o ano de 2013 tenho como meta o mesmo número de livros. Ao contrário do ano passado, vou colocar os nomes e minhas impressões sobre eles.
Espero que minhas descrições não sejam maçantes, ou que não me perca muito em detalhes, mas prometo, de verdade, que esse ano atualizarei tudo direitinho.
Gostaria também de convocar aqui os amigos que sofrem do mesmo mal, e da mesma opinião sobre sua cura.
Amanhã colocarei quais foram minhas escolhas para janeiro e aos poucos pretendo falar mais sobre essa obsessão que me machuca tanto, mas que ao mesmo tempo me dá um prazer enorme (não, eu não li "Cinquenta tons de cinza).
Isto aí Vanzoca!!! A minha dica é :"O Egipcio". de Mika Waltari.
ResponderExcluirDe escravo, a médico do faraó.
A história se passa no Egito, mais de um milênio antes de Cristo. É narrada por Sinuhe, médico do Faraó, e é a história de sua vida. Desfilam inúmeros personagens, descritos com perfeição: Horemheb, o general do Faraó, que dirigia sua carruagem sobre mulheres, crianças e velhos das terras conquistadas; Nefernefernefer, com quem as modernas irmãs do pecado jamais poderiam competir; Minea, a virgem votada aos deuses, dançando nua diante dos touros sagrados; a rainha Nefertiti, cuja beleza física era perigosa em demasia por estar combinada com a malícia e a inteligência aguda; o escravo Kaptah Kaketamon; a bela irmã do Faraó Akhnaton...
Intriga, morte, guerra, paixão, amor e luta religiosa são contados, enquanto Sinuhe vai revelando sua vida, ora radiante, ora desesperançada.